ExpoFest Ijuí 2024
10 a 20 de outubro de 2024
Gabriela Nicoletti Ledermann
01/01/2017 até 31/12/2018
No dia 7 de janeiro de 2003, foi fundado o Grupo Folclórico Polonês Krakus, na cidade de Ijuí/RS. Grupo amador composto de jovens de diversas origens mas que sentem-se poloneses de coração. O Grupo está vinculado à Sociedade Cultural Polonesa Karol Wojtylla, que representa a Etnia Polonesa dentro da União das Etnias de Ijuí (Ueti).
A Sociedade Cultural Polonesa Karol Wojtylla foi criada em 02 de maio de 1987 e representa a Etnia Polonesa na cidade de Ijuí, e nas atividades realizadas pela União das Etnias de Ijuí. A sua casa típica, Dom Polski, foi inaugurada durante a III EXPO-IJUÍ e I FENADI em outubro do mesmo ano. A arte e a cultura são preservadas através da língua, religiosidade, da gastronomia, do artesanato e do folclore.
A partir da instalação da “Colônia Ijuhy” no ano de 1890, os poloneses fazem parte da história de Ijuí. Eles desbravaram as matas que margeiam o rio que empresta o nome ao município, onde construíram suas casas, abriram roça, colhendo o fruto das sementes lançadas. Desde então, vêm contribuindo com a produção agrícola e em outras áreas para o desenvolvimento do município. Logo que chegaram à antiga Linha 1, (e linhas adjacentes) hoje distrito Santana, os poloneses organizaram-se socialmente fundando a Sociedade Polaca de Santa Anna, em polonês Towarzystwo Polskie in Sw. Anny.
Construíram igrejas, escolas, ajudaram a abrir estradas e construir pontes. No período que vai até o ano de 1987, ano da organização do movimento étnico em Ijuí, os poloneses se mantiveram unidos em seu núcleo populacional preservando a religião, a língua, os usos e costumes dos antepassados.E foi por este motivo, que o primeiro desafio para a organização da FENADI por parte da Comissão da Retomada do Desenvolvimento de Ijuí, foi lançado aos poloneses de Vila Santana, em reunião realizada no final de abril de 1987. Na oportunidade estiveram presentes o Professor Paulo Afonso Frizzo, da Comissão de Cultura; Valdir Heck, então vice-prefeito, Padre Jerzy Sowa, Antônio Garzella,presidente da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, e as lideranças da comunidade compostas por Wanderlei Antônio Megier, Lindolfo Rucks, Vera Gombar Meiger e a professora Marli Terezinha Meiger Siekierski. Este grupo ficou responsável paramotivar a comunidade na organização dos poloneses e participação da Expo-Ijuí e FENADI. No dia 2 de maio de 1987 em reunião realizada na Matriz Sagrado Coração de Jesus de Vila Santana foram definidas as comissões para a organização do evento. Os estatutos foram aprovados no dia 17 de julho de 1988.
De acordo com os estatutos são sócios fundadores: Delmar Luiz Leviski, João Luiz Karnikowski, Albino Kusiak, ladislau Wierzbicki, Luiz Kusiak, Francisco Sikacz, Estanislau Przybitowicz, Ernani Kusiak, Luiz Megier, Ceslau Meiger, Vera Meiger, Pedro Zientarski, Irene Zientarski, Jacinta Megier, Loreni Mireski, Joaquim Jacoboski, Vilmar Megier, José Oiczenasz, MarioSchimanski, Ramão Kopezinski, Realda Kopezinski, Jorge Sowa, Geraldo Jacoboski, José Siekieski, Marli Meiger Siekierski, João Siekierski, Orlando Maurer, Carmem Maurer, Estevo Megier e Luis Kosloski. Além destes, muitos outros descendentes de poloneses participaram das primeiras ações para a organização da etnia polonesa no município.Maiores informações nos livros de Atas da Matriz Sagrado Coração de Jesus de Vila Santana, da Sociedade Cultural Polonesa Karol Wojtylla, da Sociedade Sant’Anna, nos registros do Grupo Folclórico Polonês Piast, Grupo Folclórico Polonês Krakus, Grupo Infantil Mazurka e Grupo de Canto Zgoda.
Nas finalidades da Sociedade consta: Promover, cultivar e pesquisar a cultura, os costumes dos imigrantes e descendentes de imigrantes poloneses no município de Ijuí e região; Promover atividades cívicas, artístico-culturais, sociais, desportivas e folclóricas; Organizar grupos de historiadores, danças, coral, cânticos populares e religiosos, teatro e música; Formar uma biblioteca e museu polonês, estimulando a coleção e guarda de objetos, livros e documentos, assim como preservar as construções com arquitetura polonesa e propagar novas construções no estilo; Manter intercâmbio cultural com as sociedades congêneres.
A casa polonesa chamada Dom Poski foi construída inspirada em modelos arquitetônicos da zona rural da região de Cracóvia, Polônia. A edificação foi possível graças a doações dos descendentes de poloneses e auxílio do poder público municipal. O trabalho de construção em forma de mutirão foi liderado por Ladislau Wiezbicki, Pedro Zientarski, Lindolfo Rucks, Antônio Garzella, Luiz Kusiak, Albino Kusiak além de Francisco, Luiz, Vilmar, Antônio e Geraldo Megier e muitos outros descendentes de poloneses. Os detalhes no encaixe da madeira, na colocação das tabuinhas da cobertura, além do cercado do jardim, seguiram orientação do padre Jerzy Sowa, da Polônia e que atuava como vigário da Matriz Sagrado Coração de Jesus de Vila Santana. inauguração da casa polonesa foi realizada oficialmente no dia 12 de outubro de 1987 com hasteamento das bandeiras brasileira e polonesa, seguida de missa concelebrada.
No dia 7 de janeiro de 2003, foi fundado o Grupo Folclórico Polonês Krakus, na cidade de Ijuí/RS. Grupo amador composto de jovens de diversas origens mas que sentem-se poloneses de coração. O Grupo está vinculado à Sociedade Cultural Polonesa Karol Wojtylla, que representa a Etnia Polonesa dentro da União das Etnias de Ijuí (Ueti).
O nome foi inspirado no Zespół Pieśni i Tańca AGH “Krakus”, grupo folclórico Polonês de categoria estudantil mais antigo da polônia, e que visitou o Brasil há alguns anos. Além disso o nome Krakus se inspira em um lendário principe que foi o fundador da cidade de Krakowiak, que é uma das mais antigas da Polônia, e que também construiu o Castelo de Wawel. Krakus antes de se tornar príncipe era um sapateiro, que com muita astúcia conseguiu matar o dragão de Wawel que amedrontava a população de sua cidade, desta forma pela sua coragem foi nomeado príncipe e mais tarde tornou-se Rei de Krakowiak. Para historiadores a etimologia da palavra Krak significa carvalho, uma árvore sagrada e frequentemente associada ao conceito de genealogia.
Seu objetivo principal é a preservação e a divulgação da cultura e do folclore polonês, principalmente, através da dança.O amor pela Polônia e pelo seu folclore é a causa da existência deste grupo composto de crianças, jovens e adultos que mesmo não tendo descendência dedicam o seu tempo para aprender um idioma universal, a dança. A alegria, graça e vigor são levados ao palco em cada apresentação realizada, que recebe elogios pela sua determinação, pelo amor com que representa o folclore polonês e a história dos imigrantes que fizeram deste país a sua pátria mãe.
O grupo é coordenado por César Nowaczyk Vincensi e Rosane Martins que há mais de 13 anos lideraram essa grande família pela qual mais de 100 pessoas já passaram e aprenderam a amar a dança, a música e toda a cultura Polonesa. Hoje os integrantes fazem do grupo sua segunda família levando seus filhos maridos e esposas que juntos representam a força e continuidade deste grande grupo.
Apresentações e Participações Especiais:
O Krakus já realizou apresentações em diversas cidades e estados do Brasil sempre levando consigo um pouco da história da Terra das Culturas Diversificadas. Entre as principais apresentações destacam a participação no Baile de Abertura da ExpoIjuí Fenadi representando a Etnia Polonesa nos anos de 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2010, 2012 e 2014, e no ano de 2011 uma apresentação especial representando a União das Etnias de Ijuí.
A apresentação realizada no ano de 2011 marcou a história do Grupo e da entidade representada, dando origem ao Hino da FENADI, como ficou nomeada a música apresentada. Esta apresentação foi uma homenagem realizada aos 25 anos da Festa Nacional das Culturas Diversificadas, que por iniciativa da coordenação do Grupo, César e Rosane, realizou a representação da União das Etnias através dos seus 12 grupos e apresentou uma coreografia montada especialmente para a música “Debaixo de um manto só” composta a pedido do grupo por Chico Roloff e interpretada por ele Vânia Diel e Lauri Bussler. A homenagem foi apresentada no Baile de Abertura da ExpoIjuí Fenadi 2011 e desde então é considerado o Hino da Fenadi e vem sido representada também por outros Grupos Folclóricos dentro da UETI.
Entre as apresentações e participações especiais do Grupo destacam-se: apresentações no VI Encontro Latino-Americano de Dança em Capão da Canoa (2005); 7ª Polfest em Guarani das Missões (2006); Festa do Pinhão em Lages/SC (2006); 8ª Polfest em Guarani das Missões (2008); Festa do Pinhão em Lages/SC (2010); 9ª Polfest em Guarani das Missões (2010); 10ª Polfest Internacional em Guarani das Missões (2011); ExpoCris em Crissiumal (2011); Encontro de Grupos Alemães em São José do Hortêncio (2011); Festa das Etnias, da Cultura e do Livro em São Miguel do Oeste/SC representando a Braspol (2011); 11ª Polfest (2012); 3º Encontro Sul Americano de Folclore em Bossoroca/RS (2013); III Noite Cultural em Coqueiros do Sul (2013); 10º Encontro de Grupos Folcloricos e 10º Bailão do Chopp (2014); Carnaval de Santo Ângelo (2014); Festa das Etnias de Santa Rosa (2015) e 17ª Fenamilho Internacional (2015), 13ª Polfest Internacional (2016). E em 28 de março de 2015 realizou um Jantar Comemorativo aos seus 12 anos de existência que levou mais de 220 pessoas para a Dom Polski.
Completando 13 anos e a 14ª FENADI em 2016, com 26 integrantes o Grupo Folclórico Polonês Krakus almeja crescer e propagar o seu trabalho envolvendo os filhos de seus dançarinos e crianças da comunidade ijuiense. Além disto em suas metas está a busca pela incorporação da língua polonesa através de cantos que são entoados principalmente durante as danças apresentadas.