ExpoFest Ijuí 2024
10 a 20 de outubro de 2024
Iohana Theodora Dorn Beier
01/01/2017 até 31/12/2018
A HOLANDA – É a parte SETENTRIONAL ou HOLANDA MERIDIONAL, em português seria correto falar PAÍSES BAIXOS ou NEDERLAND. HOLANDA é apenas as duas mais fortes, das doze províncias que formam os PAÍSES BAIXOS, porém para nós brasileiros a HOLANDA é a HOLANDA e ponto final. A frase “DEUS fez o MUNDO e os holandeses fizeram a HOLANDA” se deu pelo fato de grande parte do território holandês se encontrar abaixo do nível do mar. (ANTONIO SILVA)
O Grupo de Danças Folclóricas Holandesas Windmolen (Moinho de Vento), foi fundado 1988, tem como objetivo de resgatar a cultura dos imigrantes holandeses, através das danças, músicas e trajes típicos do Reino dos Países Baixos.
A ideia de formação do grupo surgiu durante a 1ª Fenadi, pelos senhores Walter e Guilherme Commandeur e frutificou e se ramificou com a formação no dia 1º de Outubro de 1988, do Grupo de Danças Folclóricas Holandesas Windmolen que teve como fonte de inspiração e trabalho pesquisas realizadas por Walter e João Commandeur, junto com o Grupo Holandês de Não-Me-Toque/RS. A partir destas pesquisas os primeiros trajes e músicas foram obtidas, e mais tarde um novo repertório foi construído pela senhora Guilhermina Van Riel Weber a partir de sua visita na cidade de Holambra/SP e de contatos com o professor Petrus Schoenmaker.
O Windmolen foi composto no começo por jovens descendentes de holandeses que residiam no distrito de Chorão. Ao passar dos anos o grupo se tornou aberto e recebeu jovens descendentes de todas etnias, que hoje tem orgulho de fazer parte da etnia Holandesa e se dedicam juntamente com a diretoria para apresentar a cultura holandesa através das danças e trajes típicos para diversas cidades da região e do estado.
Além do Grupo Windmolen, esteve em atividade o Grupo de Danças Típicas Infantil chamado “Tulip”, que permaneceu em atividade . Em 1997 os grupos reiniciaram as atividades permanecendo por um ano, encerrando depois suas atividades por falta de instrutores e jovens dançarinos. Após varias tentativas em 2002 o grupo teve um novo instrutor e reiniciou as suas atividades com 8 pares, o qual permaneceu ativo por dois anos.
O grupo atual tem as suas atividades reiniciadas em 2008, e tem como marca do seu trabalho a superação de desafios. Os seus ensaios são realizados semanalmente aos domingos sob a coordenação de João Marcelo Silva e coreografia de Daniel Casarotto.
A DANÇA HOLANDESA
As danças da Holanda conservam o vigoroso sabor dos séculos passados. Se distinguem pelos seus ritmos irresistíveis e a expressão de simples alegria dos seus dançarinos. A tradição da dança holandesa remonta os tempos dos minuetos, valsas, polcas, mazurcas, foxtrote e xotes. As danças são simples e bonitas e tem por característica a representação da natureza e a vida do homem camponês. Os casais desenvolvem a coreografia em grupos, formados em círculo ou filas de pares, de acordo com uma música típica e se vestem a caráter usando inclusive o “Klomplen”.
KLOMPLEN
Uma das características do traje típico holandês e que o Grupo Windmolen leva para as suas apresentações, é o sapato de madeira, estas tamancas típicas são chamadas de klomplen, e tem a aparência pesada, mas que na verdade é leve e confortável. Este sapato típico era usado pelos trabalhadores para proteger seus pés e mantê-los aquecidos, do frio e da neve. Os klomplen são utilizados por todos os grupos típicos holandeses e tem sua importação exclusiva da Holanda, devido a impossibilidade da sua fabricação aqui no Brasil.
Do porto de Amsterdã – Holanda, em 5 de Maio de 1908, partiram com destino ao Brasil no navio Rheiland (Reiland) cerca de 9 famílias (Commandeur, Owergoor, Hamaieer, Reithower, Kleÿn, Van Der Sand, Van Der Hand, Bloon e Beust) originárias de Noorland, localidade de Purmered. Estas chegaram a Ijuí dia 27 de junho do mesmo ano, instalando-se entre as linhas 5 e 10 Norte, no atual distrito de Chorão.
Não tinham vocação agrícola. Eram pedreiros, carpinteiros, marceneiros, ferreiros, artesões e estivadores. No inicio a maioria dos homens trabalhou na viação férrea de Cruz Alta e Santa Maria, retornando para casa somente nos finais de semana, enquanto as mulheres cuidavam dos filhos, da casa, das plantações e dos animais.
Em Ijuí as 9 famílias instaladas, apesar de diversas dificuldades enfrentadas, impulsionados pela necessidade de trabalhar coletivamente contribuíram muito para o desenvolvimento do nosso município.
Sendo um povo muito empreendedor e associativo, os holandeses foram os pioneiros na criação do gado leiteiro da raça holandesa, foram também pioneiros na criação e implantação do cooperativismo no município de Ijuí. Dedicaram-se também a suinocultura, fabricação de queijos, indústria de cerâmica, fabricação de telhas e tijolos de barro e na construção de alvenaria.
Como forma de continuar a cultuar as tradições de seus antepassados, descendentes holandeses em reunião realizada na Sociedade Cultural 25 de Julho da linha 6 Norte, na presença do então prefeito municipal Valdir Heck, fundaram a Sociedade Cultural Holandesa, no dia 16 de dezembro de 1987.
O moinho de vento foi inaugurado no dia 15 de outubro de 1988 no parque. Sendo uma das principais características da Holanda, pois foram usados pelos holandeses para bombear água das terras abaixo do nível do mar na conquista de mais terreno mar adentro, assim, como também foi usados para moer trigo e outros grãos, como no preparo da cerâmica e varias outras atividades do dia-a-dia.
Durante este período a sociedade holandesa não tinha sede própria e somente no dia 13 de Outubro de 1990 é que a casa típica construída no Parque de Exposições Wanderley A. Burmann foi inaugurada durante a 4ª Fenadi. A construção em estilo “enxaimel” demonstrou que os descendentes preocuparam-se em resgatar o estilo típico das casas de moradia de campo do norte da Holanda. Mais tarde foi trocada de lugar no parque (se localizando ao lado da Casa Polonesa) sendo construído ainda o salão de festa.
O senhor Cornélius Walter Commandeur, junto com o presidente Guilherme Commandeur (em menorias), foram os mentores da Sociedade Cultural Holandesa. A ideia que surgiu durante a 1ª Fenadi, frutificou e se ramificou com a formação no dia 1º de Outubro de 1988 do Grupo Folclórico Moinho de Vento (Windmolen), quando foram auxiliados por suas esposas Neldi e Gertuds Commandeur. O trabalho foi todo realizado em cima de pesquisas feitas por Walter e João Commandeur, junto com o Grupo Holandês de Não-Me-Toque. Novas músicas típicas, mais tarde foram obtidas pela senhora Guilhermina Van Riel weber, na cidade de Holambra (SP), com o professor Petrus schoenmaker. A etnia também teve outro grupo de danças o Tulp (infantil), que por momento está desativado.
Como símbolos culturais, a etnia exalta a flor chamada tulipa, o queijo e os tamancos de madeira, que são mais que uma tradição, pois é um calçado de uso diário, em algumas regiões do País. Este calçado é indispensável hoje pelo grupo de danças Windmolen em suas apresentações.