20-8-2024 13.8.38 37

Eventos

ExpoFest Ijuí 2024

10 a 20 de outubro de 2024


 

Embaixatriz

Samara Licir Classmann

01/03/2018 até 31/12/2018

Apresentação

A partir da integração ao movimento étnico, a Casa de Cultura Árabe elegeu sua primeira diretoria no ano 1989, que ficou assim constituída: Presidente – Samir El Ammar; vice-presidente – Mustafá Rachid Jader Yasin; secretário – Ibharim El Ammar; tesoureiro – Mounir Hussein Hatem.

Por não ter sido encontrado o livro de atas com os registros das eleições posteriores, não foi possível preceder datas dos mandatos das diretorias, nem mesmo os nomes. Por esse motivo, nos valemos de alguns.

O ambiente que é desenvolvido pela Casa de Cultura Árabe reforça a idéia de que é preciso manter vivos em uma sociedade os laços pátrios de todas as origens, que de uma forma ou outra ajudaram na sua construção, com decisão, força e coragem.

Centro Cultural Austríaco de Ijuí

IMIGRAÇÃO

Segundo registros, a imigração austríaca em Ijuí começou no ano de 1891, com a vinda dos irmãos Ernesto e Augusto Schmorantz. No ano seguinte, outras famílias começaram a chegar na região, formando um grupo de 172 pessoas na então colônia Ijuhy.

Os imigrantes que vieram para cá se instalaram próximo da Linha 5 e Linha 8 Leste e não tinham conhecimento sobre a agricultura, pois trabalhavam, anteriormente, em uma metalúrgica. Mesmo assim, conseguiram se adaptar as novas condições de trabalho. Depois de cinco anos instalados no município, os imigrantes criaram a 1ª escola particular, a Sociedade Escolar Austro-húngara, e também a Sociedade Esportiva e Recreativa 12 de outubro no “Rincão dos Austríacos”, atual linha 6 Leste.

O CENTRO CULTURAL AUSTRÍACO

Com a finalidade de tornar conhecidas as belas canções, a música, os bailados e a cultural em geral, seus descendentes fundaram em 25 de novembro de 1987, o Centro Cultural Austríaco de Ijuí. No ano seguinte, a Casa Típica foi inaugurada no Parque de Exposições Wanderley Burmann, durante a II FENADI, tendo como primeiro presidente Luiz Hocevar Filho. Ainda em 1988, crianças e jovens se reuniram e formaram os Grupos de Danças Folclóricas Austríacas “Lustige Tiroler” e Grupo “Tanz Gruppe Sissi”.

O ambiente da Casa Étnica tem estilo tirolês, com móveis rústicos, decorada com flores, objetos artesanais, toalhas e cortinas nas janelas, tendo como fundo musical músicas clássicas. A etnia também mantém um Departamento de Pesquisa Histórica com o Mini-Museu, em que se encontram arquivos de pesquisa histórica, fotografias de famílias de descendentes austríacos, jornais, livros, revistas, quadros, louças e objetos artesanais que auxiliam na decoração.

Desde sua fundação, o Centro Cultural Austríaco tem se dedicado a formação de grupos de danças folclóricas, corais de senhoras, bandinhas de música, artesanato, intercâmbios culturais com outras cidades e demais etnias instaladas no Parque de Exposições. O Centro tem como objetivos preservar as tradições de seus antepassados, além de ser um espaço de divulgação e de resgate da cultura, folclore, história, gastronomia e outras formas de expressão artísticas e culturais austríacas.

É destaque a participação da Etnia em atividades sociais e culturais, além de outras atividades importantes que refletem os objetivos da entidade. Um Livro de Receitas e a Revista dos 120 anos da Imigração Austríaca na região foram lançados pela etnia. Já em 2011 foi realizado o 1º encontro de descendentes austríacos na Casa Típica. Os costumes austríacos são preservados tanto pela culinária quanto pelo grupo de danças Lustige Tiroler que apresentam coreografias que representam regiões da Áustria.

Em 2017, a Casa Austríaca ganhou uma ampliação em seu espaço, com um mezanino a ser aproveitado por toda a comunidade que prestigia os eventos da etnia, como um espaço de lazer e desconstração para quem visita o Parque. O Centro Cultural também ganhou uma nova fachada para preservar e mostrar ao público ainda mais das construções austríacas.

Os Austríacos, são conhecidos como um povo alegre e culto, que gostam do bom viver. Amam a música, a cultura, a dança, as artes, os esportes e são muito dedicados ao trabalho, sendo a persistência e a tenacidade algumas de suas qualidades mais marcantes. Um cadastro dos descendentes austríacos também foi elaborado com a finalidade de uma constante renovação e participação de novos colaboradores do Centro Cultural.

 

Gastronomia Austríaca

A gastronomia austríaca conta com departamento próprio na organização, o qual busca controlar e supervisionar o cardápio servido em almoços e jantares e também o tradicional “Café Vienense”. Entre os pratos típicos destacam-se o Matjesfilet Nach Hausfrauenart (filés em escabeche), Backhendi (frango à milanesa), Gulasch (carne com alho de páprica), Knödell (nhoque tirolês), Wiener Schnitzel (bife vienese), o café vienense (leite, chocolate e chantily) acompanhado da Socher Torte (torta de chocolate), Apfelstrudel (strudel de maça) e a Käsekuchen (bolo de ricota).

O Café Vienense tem sido a maior atração do Centro Cultural Austríaco, servido com torta de maçã ou chocolate, doces e salgadinhos, entre outros. Também tem promovido almoços e jantares com comida típica austríaca para o público em geral.

STRUDELL

O strudell é um tipo de doce em camadas e enrolado com recheio em seu interior. Se tornou conhecido e ganhou popularidade no século 18, durante o Império Habsburgo. O doce foi denominado da palavra em alemão “Strudell”, que no Médio Alto da Alemanha, significa literalmente redemoinho.

O strudell é associado à cozinha austríaca, mas historicamente já era conhecida dentro da culinária árabe e turca. Os húngaros, austríacos, e os bavarios tiveram suas participações no seu aprimoramento. Em todo o caso, foram os vienenses, que tornaram essa iguaria conhecida no mundo todo.

Existem também strudells salgados recheados com espinafre, repolho, verduras, calabresa, entre outras receitas. A tradicional massa do strudell na Áustria é muito fina e elástica. Ela é feita a partir de farinha de trigo com elevado teor de glúten, contendo, água, sal, açúcar, manteiga e ovo. A massa é trabalhada vigorosamente, descansada e depois esticada sobre uma toalha de pano até ficar muito fina. Existe uma lenda que diz que o imperador austríaco era tão perfeccionista que ordenou ao seu cozinheiro que fosse feito a massa de maneira que fosse possível se ler uma carta de amor através dela.

CAFÉ VIENENSE

Café Vienense, um café com cheiro de romance e tempero de amizade, surgido na cidade de Viena, na Áustria, traz na sua história a responsabilidade de ter abastecido muitas conversas entre amigos e encontros entre casais.

O Café Vienense, surgiu por um acaso do destino. Viena estava ocupada pelos turcos quando foi cercada por tropas libertadoras. Sem ter como enfrentá-las, os turcos tiveram que abandonar a cidade muito rápido, deixando para trás algumas sacas de um produto desconhecido, confundido inicialmente com forragem para animais. Frans George Kolschitzky viu que eram sacos de café e como ele conhecia bem os grãos, porque viveu no Oriente e gostava do seu sabor, aproveitou os sacos e começou a vender o produto junto com açúcar e chantilly.

Assim nasceu o tão apreciado Café Vienense. A partir desta receita, foi aberta a primeira coffee house (casa de café) de Viena, que depois se difundiram pelo mundo todo, sendo hoje as famosas cafeterias.


Grupo de Dança Lustige Tiroler

O folclore austríaco é preservado pelo grupo de danças “Lustige Tiroler” (Alegres Tiroleses) que estrearam em 1988 e desde lá participam de diversas atividades culturais.

O grupo tem por objetivo proporcionar aos seus integrantes conhecimentos sobre a Áustria, para que possam representar o país de maneira correta, transmitindo informações para o público sobre os costumes de uma das etnias colonizadoras do município de Ijuí.

Inicialmente, o grupo foi composto por filhos de descendentes austríacos e depois foi aberto a jovens de toda a comunidade que tinham interesse em participar e representar a cultura austríaca no palco. Os dançarinos se dedicam junto à diretoria para representar o folclore através das danças e trajes típicos em diversas cidades da região e estado.

É por meio da dança que os dançarinos desenvolvem questões como coordenação motora, comportamento, convívio social e outras diversas atividades que exercitam o corpo e a mente de cada jovem envolvido. Desde sua fundação o grupo participou de diversas atividades culturais que incluem apresentações nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Brasília (DF).

Além do grupo Lustige Tiroler, a etnia ainda contou com o Grupo de Danças Infantil Tanz Gruppe Sissi que, por falta de instrutores e jovens dançarinos, encerrou suas atividades em 2012.

A DANÇA AUSTRÍACA

A dança austríaca traz a alegria de uma das etnias colonizadoras do município e tenta recontar a história, tanto do país de origem quanto dos imigrantes que aqui habitaram. O grupo traz um amplo repertório de danças folclóricas, principalmente da região do Tirol na Áustria, que mantém intactas suas características originárias. Os passos são executados entre os casais que mostram a beleza, sincronia e a musicalidade do povo austríaco.

Entre os ritmos executados estão principalmente a polka, a marcha e as belas valsas, que tiveram sua origem nas danças camponesas austríacas no início do século XVIII, baseada em minuetos. Apesar de ser uma das danças mais clássicas de Viena e do mundo, a valsa chocou os costumes europeus devido ao toque e a proximidade dos casais e somente no século XIX, com composições de Strauss e Lanner, o ritmo passou a fazer parte da nobreza, palácios e cortes da região.

Além desses ritmos, o grupo também apresenta o Schuhplatter, um estilo tradicional de dança popular nas regiões alpinas do Tirol, tendo o primeiro registro em 1030 dC. A dança é caracterizada pelos movimentos que os dançarinos fazem ao bater nas coxas, joelhos e solas dos sapatos ao som da música. Em sua origem a dança era uma forma de cortejar e impressionar as mulheres, e atualmente são dançadas em pequenas localidades tirolesas como forma de preservar a cultura e tradição. Existem mais de 150 Schuhplattlers básicos, bem como marchas e acrobacias que são, muitas vezes, intercalados com as danças básicas.

APRESENTAÇÕES

EXPOINTER de Esteio (RS); Festival de Folclore de Nova Petrópolis (RS); Festival de Dança de Itaqui (RS); Festa do Pinhão de Lajes/SC; Oktoberfest de Santa Cruz do Sul (RS); Festa Del Imigrante de Oberá-Argentina; FENADI de Ijuí (RS); Festa das Etnias de Ilópolis (RS); Festival Internacional De Folclore de Passo Fundo (RS); Salão Do Turismo de Gramado (RS); Feira do Livro de Santiago (RS); Festa do Butiá de Giruá (RS); 51º Festival do Chucrute em Estrela (RS) Fenamilho Internacional em Santo Angelo (RS), X Barril Fest em Frederico Westphalen (RS)

TRAJES TÍPICOS

Os trajes típicos, tanto masculinos quanto femininos, foram usados primeiramente pelos caçadores e pelos camponeses que habitavam as regiões austríacas. Depois de 1870, a burguesia passou a apreciar a roupa e começou a investir no estilo, até se tornar alta moda. Pelos trajes típicos, também é possível saber a região geográfica, pois cada comunidade possui seus costumes e ornamentos, além de identificar o status social e estado civil das moças.

TRAJES FEMININOS

A Dirndl, vestido típico austríaco, nasceu como uniforme das servas austríacas e camponesas. O traje é composto por três peças: uma blusa curta, na altura do sutiã, com mangas, um vestido formado por um corpete justo sem mangas e uma saia, e ainda um avental que é de uso opcional. Os sapatos podem ser de saltos altos ou baixos como sapatilhas, algumas pessoas até usam o vestido com tênis baixinhos. Como acessórios as moças ainda podem utilizar casacos típicos, xales de lã, tiaras, chapéus, lenços, colares feito de cordas e pingentes e ainda gargantilhas. Hoje em dia, muitas mulheres também se adequaram a utilizar trajes similares aos masculinos.

O laço do avental indica o estado civil da mulher: para mulheres solteiras, o laço deve ser do lado esquerdo, para mulheres casadas ou comprometidas no lado direito. O laço na parte de trás do vestido significa que a mulher é viúva ou, em caso de festividades, que a moça trabalha no local.

TRAJES MASCULINOS

Os trajes masculinos são compostos por camisa, calça de couro (Lederhosen) na altura do joelho ou até o tornozelo, suspensórios, coletes, meias até a altura da panturrilha, sapatos e um chapéu que possui uma pena de ganso ou outro acessório regional.

Originalmente, as calças de couro eram usadas para o trabalho e para caçadas, sendo por esse motivo relativamente curtas, acima do joelho. Na parte da frente, contavam com uma espécie de aba abotoada na altura da cintura. Em conjunto com as calças, utilizava-se os característicos suspensórios de couro, que poderiam ser em forma de H ou em forma de V invertido. Nos dias de festa, junto com as calças de couro, os homens utilizavam meias de lã até o joelho e um colete de linho, veludo ou seda por cima de uma camisa branca de linho. No pescoço utilizava-se um lenço colorido. Outra opção do vestuário é uma jaqueta e blusa quadriculada com calça jeans.

Galeria de Fotos

Vídeos