No dia 30 de novembro, ocorreu o 2º Festival de Curtas nas Escolas, promovido pela 36ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) de Ijuí. Entre diversas categorias e curtas apresentados, o Curso de Jornalismo da Unijuí, concorreu na categoria Documentário Independente, com a produção “Lagarteando – Gaúchos Ijuienses: uma história de amor às tradições”.
A ideia de um programa televisivo, sobre um tema relevante para a comunidade, foi proposta pelo professor Celestino Perin, na disciplina de Telejornalismo II, do curso de Jornalismo da Unijuí. As acadêmicas Daniella Koslowski, Daiana Dal Ros, Giovana Carré e Manuela Engster decidiram abordar a diversidade turística e cultural da região noroeste do Rio Grande do Sul. O documentário recebeu os prêmios de Melhor Documentário, Melhor Direção e Melhor Roteiro durante o Festival de Curtas nas Escolas.
“Em conjunto, criamos o projeto Lagarteando, que traria, em cada episódio, uma cidade gaúcha e alguma atividade de destaque da mesma, que fosse especialmente relacionada aos momentos de lazer e descanso – o que inspirou o nome do programa. Nós quatro escolhemos o município de Ijuí, conferindo destaque aos movimentos étnico e tradicionalista”, conta Daiana.
Durante o primeiro semestre deste ano, as acadêmicas de Jornalismo se dedicaram a acompanhar algumas atividades do Movimento Tradicionalista Gaúcho e do Movimento Étnico, para retratar a força da cultura no município de Ijuí/RS. Por não morarem todas no município, o projeto teve que ser planejado com bastante antecedência, principalmente para encontrar as fontes certas para cada entrevista.
Com uma temática bastante ampla, as alunas contam que a parte mais legal do trabalho foi aprender com as ricas experiências de vida a qual, tiveram oportunidade de retratar. “Para quem está de fora do “mundo tradicionalista”, é bacana perceber que há muita coisa acontecendo nesse ambiente. Para quem participa das atividades, conhecimento nunca é demais. Por vezes, acredita-se que é só dança, canto e vestimenta, mas por trás desse envolvimento há uma cultura rica que a maioria das pessoas, mesmo gaúchas, desconhece”, destacam as estudantes.
As acadêmicas foram desafiadas a aperfeiçoar a prática junto ao meio televisivo e falar sobre algo complexo, como a preservação às tradições, zelando pelo respeito e mostrando de forma mais fiel possível os movimentos envolvidos. “A cultura gaúcha, envolvendo o rico legado de cada etnia formadora da população rio-grandense. Ela tem e sempre terá muito a nos oferecer. É salutar documentar algo que está tão perto de nós e que cultuamos desde que nascemos, seja na vestimenta, na alimentação ou no lazer. Enquanto possuidoras desta identidade, tivemos a oportunidade de evidenciar elementos, que ao nosso ver, são pouco divulgados”.
As acadêmicas contam que ficaram imensamente felizes com o reconhecimento de seu trabalho ao longo do ano, o que as incentiva a fazer mais e melhor. Mas, a recompensa está no que estes troféus representam. “Enquanto jornalistas, temos uma função social, que perpassa a divulgação das atividades culturais; podemos mostrar que é possível, sim, fazer jornalismo cultural no interior do Estado”, afirmam as acadêmicas.
O trabalho conta com entrevistas de Rogério Bastos, Diretor de Comunicação da Comissão Gaúcha de Folclore, Marciano Santos, Patrão da Associação Tradicionalista Querência Gaúcha de Ijuí, Francisco Roloff, produtor cultural da União das Etnias de Ijuí, e outras figuras importantes na preservação do tradicionalismo gaúcho e do movimento étnico de Ijuí.
“Valorizar as figuras desta história é recompensador; elas cresceram neste contexto e dedicam a ele boa parte de suas vidas. Somos muito gratas a estes personagens, ao professor Celestino e ao editor Célio, pessoas cujo saber contribuíram decisivamente para o sucesso do nosso documentário”, salientam as alunas de jornalismo.
O documentário pode ser conferido aqui: “Lagarteando – Gaúchos Ijuienses: uma história de amor às tradições”.
Fonte: Usina de Ideias e Cantinho Gaúcho.