Durante o 12º Desfile Étnico-Cultural Arte e Folclore, a etnia alemã trouxe ao público a história da Branca de Neve e os 7 anões. O conto Branca de Neve, na versão dos irmãos Grimm, apresenta algumas diferenças das muitas versões que se popularizaram antes e após a compilação feita por eles em seu livro.
A história começa com uma rainha que da janela do castelo, olhando a neve, expressa o desejo de ter uma filha “alva como a neve, rubra como o sangue e com os cabelos negros como o ébano da janela”. Sua filha nasceu conforme seu desejo. Mas pouco depois a rainha morreu. O rei deu à filha o nome de Branca de Neve, e casou com uma mulher arrogante, esnobe e vaidosa, possuidora de um espelho mágico que só falava a verdade. A nova rainha consultava seu espelho, perguntando quem era a mais bela do mundo, ao que ele sempre respondia: “Senhora Rainha, vós sois a mais bela”.
Quando Branca de Neve fez dezessete anos, ao indagar seu espelho mágico, a madrasta ficou furiosa com a nova resposta: “Você é bela, rainha, isso é verdade, mas Branca de Neve possui mais beleza.” Dali em diante, a Rainha má não descansou, tentando matar Branca de Neve. Tudo foi em vão, o espelho continuava a dizer que Branca de Neve era a mais bela.
A menina fugiu e se escondeu na floresta; até encontrar uma casinha onde moravam sete anões. Lá ela ficou escondida até que a Rainha a descobriu e tentou matá-la usando diferentes disfarces e artifícios: fita, escova de cabelo e finalmente a maçã envenenada. A maçã engasgou na garganta de Branca de Neve, que ficou sem ar. Quando os anões chegaram e a viram desacordada, tentaram ajudá-la sem sucesso. Pensando que ela estava morta, os anões não tiveram coragem de enterrá-la, e a puseram em um caixão de vidro.
Um príncipe que andava pelas redondezas a avistou. Ficou tão apaixonado, que perguntou aos anões se podia levá-la para seu castelo. Eles aceitaram e os servos do príncipe a colocaram na carruagem. No caminho, com o tropeço da carruagem o pedaço de maçã desentalou, e Branca de Neve pôde novamente respirar. O príncipe a pediu em casamento, e convidou para a festa a rainha má, que compareceu, morrendo de inveja. Como castigo, ao sair do palácio, tropeçou num par de botas de ferro que se fixaram em seus pés, e a obrigaram a dançar até cair morta.